Um grupo de cientistas acredita que dois genes podem evitar o cancro. Tratam-se dos genes DNA-PK e p53 que trabalham para manter a maquilhagem genética do corpo - o genoma - saudável.
Corpo do artigo
Os DNA-PK normalmente reparam genes danificados e evitam que se reproduzam entre si.
Cientistas do Centro de Investigação do Laboratório Nacional de Brookhaven, Nova Iorque, liderados por Carl Anderson, concluiram após uma pesquisa que o cancro se desenvolve quando o DNA-PK ou p53 estão enfraquecidos.
Anderson apresenta a nova argumentação, esta terça-feira, numa conferência em Glasgow, Escócia.
«O genoma humano é como um enorme castelo. Em células saudáveis aguenta-se firme, mas quando o cancro se alastra, rapidamente se deteriora», explicou o investigador, citado pela BBC Online.
«O DNA-PK e p53 são cruciais para manterem o castelo de pé», sublinhou.
Em muitas situações o gene DNA-PK pode ser útil às células cancerígenas.
Muitos tratamentos contra o cancro funcionam provocando danos genéticos, mas o DNA-PK consegue reparar os danos e manter as células vivas.
O cientista Steve Jackson, da Universidade de Cambridge está a estudar uma forma de evitar que o DNA-PK funcione nas células cancerígenas, para que os tratamentos anti-cancro possam funcionar com mais eficácia.
«Compreendendo o funcionamento do DNA-PK e a relação com as enzimas, ao nível molecular, estamos a aprender muito mais como a doença surge e como responde à radioterapia», explicou Steve Jackson.
Até agora, os cientistas já descobriram como o estilo de vida pode evitar o funcionamento do p53
Evitar produtos com qualidades cancerígenas pode ser um passo de encontro a uma vida mais saudável.