O assalto desta madrugada ao ministério do Interior da Guiné-Bissau causou a morte de dois polícias, deixou um ferido e levou à detenção de quatro dos assaltantes, pertencentes a um grupo não identificado, disse o ministro Mumine Embaló à agência Lusa.
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O ministro do Interior, Mumine Embaló, não confirmou que os assaltantes, cujo número não avançou, sejam militares do Regimento de Pára-Comandos, uma informação dada anteriormente à agência Lusa por um elemento da Polícia de Ordem Pública.
O ministro atribuiu o assalto a «um grupo de indivíduos por identificar» e adiantou os motivos estão já a ser investigados, nomeadamente através do interrogatório em curso aos quatro detidos, dois deles em flagrante delito.
Fonte da Polícia de Ordem Pública (POP) indicou à Lusa que os assaltantes eram cerca de duas dezenas, mas não soube explicar as razões da tentativa de tomada do Ministério do Interior.
O ministro Mumine Embaló indicou que um elemento dos Serviços de Informação do Estado (SIE - serviços secretos) foi morto na altura do
ataque.
Dos dois feridos, também elementos dos SIE, um acabou por não resistir aos ferimentos quando já se encontrava no hospital Simão Mendes, a principal unidade hospitalar do país.
O outro ferido está livre de perigo, acrescentou, sublinhando que a tentativa de assalto ao Ministério do Interior começou cerca das 05:30 locais (06:30 em Lisboa).
Mumine Embaló, que também não relacionou o ataque à detenção, sexta-feira, do empresário Manuel dos Santos, que foi libertado ao fim do dia, remeteu os jornalistas para uma conferência de imprensa que dará «logo que souber mais pormenores» sobre o incidente.