Dois portugueses foram sujeitos a testes médicos de precaução à urina, dado que podem ter estado em contacto com o polónio 210, enquanto estiveram em Londres. O director-geral de Saúde, Francisco George, frisou que os portugueses não têm qualquer sintoma de contaminação.
Corpo do artigo
Dois dos três portugueses que podem ter estado sujeitos a vestígios de polónio 10 já foram sujeitos a testes médicos de precaução, indicou à agência Lusa o director-geral de Saúde.
«Apesar de os riscos de contaminação serem reduzidos, os portugueses foram aconselhados e sujeitos a exames à urina que estarão prontos dentro de três dias», afirmou Francisco George.
O responsável adiantou que este trabalho foi feito no sentido de proteger a saúde dos indivíduos eventualmente expostos ao polónio 210, sublinhando que estes «não têm sintomas nenhuns» de contaminação através deste elemento radioactivo.
Um porta-voz das autoridades sanitárias britânicas tinha confirmado na terça-feira que «centenas de cidadãos estrangeiros», provenientes de 44 países, tinham sido contactados e informados sobre os riscos de contaminação através deste elemento.
Ao que a agência Lusa apurou, este processo apenas envolveu os hóspedes do Millennium Hotel, Best Western e Sheraton Park Hotel e dentro destes só aqueles que estiveram hospedados em quartos próximos ao do local contaminado.
Desde o lançamento do alerta público do polónio 210, em Londres, a 25 de Novembro, a Agência para a Protecção de Saúde britânica foi contactada por quase quatro mil pessoas, mas este serviço apenas decidiu analisar 625 pessoas, tendo em oito delas sido encontrados baixos níveis de radiações.
As autoridades britânicas detectaram o polónio 210, a substância que terá sido usada para envenenar o ex-espião do KGB, Alexandre Litvinenko, em vários locais públicos de Londres, incluindo restaurantes e bares.