Começa, esta quarta-feira, em Espinho, o Congresso Internacional sobre a Dor. «Para onde nos leva a dor?» é o mote lançado para a discussão com mais de duas centenas de participantes e especialistas europeus e norte-americanos.
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A Dor, mais concretamente a dor crónica, vai estar em debate, em Espinho, a partir de hoje, num Congresso Internacional.
Os participantes discutem formas de lidar com a Dor. O Plano Nacional de Luta Contra a Dor está feito há três meses, mas continua sem ser aprovado, estando a «repousar» no gabinete da ministra da Saúde, Manuela Arcanjo.
Um dos organizadores deste congresso, Castro Lopes, explicou à TSF, o que o objectivo principal do Plano Nacional de Luta Contra a Dor é «dotar as unidades de saúde de unidades de dor». A finalidade é que até 2007 «cerca de 75 por cento das unidades de saúde» tenham Unidades de Dor.
De acordo com Castro Lopes, a dois terços da população sofre ou poderá vir a sofrer de dor crónica ao longo da vida.
No entanto, o especialista refere que é possível em 95 por cento dos casos controlar a dor através das terapêuticas disponíveis actualmente.
Em Portugal, cerca de 15 por cento dos hospitais do continente têm unidades de dor organizada. O mesmo responsável referiu que «se queremos combater a dor, é fundamental que as unidades sejam implementadas».
Em termos económicos, estas unidades de dor não implicam muitos gastos para os hospitais, implicam apenas uma reorganização dos serviços.
O congresso é uma organização conjunta da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), Fundação Calouste Gulbenkian e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e vem assinalar o Dia Nacional de Luta contra a Dor (14 de Junho).
Manuela Arcanjo vai estar presente na cerimónia comemorativa do Dia Nacional de Luta contra a Dor, amanhã às 16:00.