Depois de várias cenas de choro e de pânico à entrada da escola e depois de ouvir as queixas dos pais, a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) vai colocar sob vigilância - com outro docente na sala - um professor da escola básica de Outeiro da Cabeça, em Torres Vedras.
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A decisão da DREL é a única forma de convencer os pais a deixarem os alunos ir para a escola. Cerca de metade das crianças queixa-se de maus-tratos.
José Manuel Antunes, presidente da Junta de Freguesia de Outeiro da Cabeça, conta à TSF que «cinquenta por cento dos alunos tinham crises de pânico quando se falava em ir ter aulas com aquele professor».
«Até que os pais decidiram pedir à DREL a troca do docente», acrescenta.
Mas expulsar assim um professor não é fácil até porque, como garante José Manuel Antunes, ninguém assistiu aos maus-tratos. Mas as queixas das crianças eram muito claras.
«Queixam-se que era muito bruto, que atirava coisas para o chão. Ninguém viu nada mas o pânico dos miúdos era óbvio», conta José Manuel Antunes.
Depois do protesto dos pais - que chegaram a fechar a escola a cadeado - a DREL opta por colocar dois professores na sala de aula: um que ensina e outro que vigia. O cenário que vai manter-se até à conclusão do inquérito.
«A DREL decidiu colocar um professor de acompanhamento e tem dois professores na aula, até que o inquérito seja concluído», explica o autarca.