O presidente da Comissão Europeia acolheu com «grande satisfação o resultado do referendo no Luxemburgo que ratificou o Tratado Constitucional. Ainda assim, Durão Barroso alerta para o muito trabalho que ainda tem de ser feito sobre o assunto.
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O presidente da Comissão Europeia acolheu com «grande satisfação» o triunfo do "sim", com mais de 56 por cento dos votos, no referendo à Constituição no Luxemburgo.
Numa declaração em Lisboa, onde se encontra, Durão Barroso considerou que este resultado é «especial», pelo facto do Luxemburgo ser o 13º Estado-membro da União Europeia a ratificar o Tratado.
Por isto mesmo, explicou, constitui um sinal forte uma vez que «a maioria dos Estados membros da União Europeia considera que o Tratado Constitucional responde aos seus objectivos quando a uma Europa mais forte, mais eficaz, mais transparente, mais democrática».
O presidente da Comissão recordou, no entanto, que «o futuro do Tratado continua incerto» depois das vitórias do "não" em França e na Holanda.
Por isso mesmo, Durão Barroso avançou que a União Europeia vai levar a cabo o chamado "plano D", «pois, como foi apresentado, achamos importante que se abra um período de reflexão e debate em toda a Europa não apenas com os responsáveis políticos, mas com todos aqueles que tem uma palavra a dizer sobre o futuro da Europa».
Durão Barroso já saudou pessoalmente o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, «um europeu convicto» que trabalhou até à última hora pelo sucesso desta consulta popular, a primeira a realizar-se desde os "chumbos" em França e na Holanda, há cerca de mês e meio.