Durão Barroso quer que a Europa mostre novamente que é uma «força política dinâmica» e para isso é necessário um acordo relativamente às perspectivas financeiras. O presidente da Comissão Europeia defendeu mesmo que a UE tem de voltar a mobilizar os seus cidadãos.
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O presidente da Comissão Europeia voltou a insistir na ideia de que é «possível» e «aconselhável» alcançar um acordo relativamente às perspectivas financeiras, num momento em que já se sabe que dois países votaram contra a Constituição. Europeia.
Para Durão Barroso, a Europa poderá assim mostrar que é uma «força política dinâmica» ao alcançar este objectivo, sendo para isso fundamental superar as diferenças ideológicas e os nacionalismos.
«Qualquer tentativa de impor um modelo social ou modelo de mercado está condenado», continuou o ex-primeiro-ministro português, que pediu um repensar da estratégia de comunicação para que a UE possa voltar a conseguir novamente mobilizar os seus cidadãos.
O representante da presidência luxemburguesa da União sublinhou a necessidade de a Europa continuar no seu projecto para que «demonstre que mantém a sua capacidade de decisão e acção».
Nicolas Schmit, também ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, disse ainda que estão a ser envidados todos os esforços para que a questão da divisão das verbas comunitárias seja resolvida ainda durante a presidência luxemburguesa da UE.
Para Schmit, caso este acordo não seja alcançado poderá haver razões para o considerar como um sinal de «bloqueio perigoso».
Perante o Parlamento Europeu, Schmit disse mesmo que a «UE não pode deslizar para uma espécie de incerteza permanente, de imobilismo, e até de paralisia».
Para além da questão das verbas comunitárias, a cimeira de 16 e 17 de Junho servirá ainda para que os 25 decidam o que farão após os «nãos» de França e Holanda à Constituição Europeia e depois do anúncio da suspensão do referendo no Reino Unido.