A epidemia de ébola, iniciada no norte do Uganda, já causou 60 mortos e há 160 pessoas infectadas na província de Gulu, anunciou hoje a OMS.
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A epidemia de ébola, iniciada no norte do Uganda, já causou 60 mortos, cinco deles nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A última informação proporcionada pela OMS indica que há 160 pessoas infectadas na província de Gulu e, embora a enfermidade continue a propagar-se, confia-se que fique circunscrita ao norte do país.
O porta-voz da OMS Valery Abramov indicou que a taxa de admissão nos hospitais continua estável, com cinco a dez doentes novos por dia.
A doença está «na sua primeira fase e podemos esperar outras duas ou três fases, visto que o ébola tem um período de incubação de cerca de três semanas», acrescentou o porta-voz.
A febre de ébola, que é particularmente contagiosa, podendo atingir uma taxa de mortalidade em 90 por cento dos casos, continuará a provocar mortos nos próximos três meses, garantiu a fonte.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) assinalou que 15 por cento dos infectados pelo ebola são crianças e 60 por cento mulheres. O porta-voz da UNICEF Marc Vergara adiantou que a organização está a organizar campanhas de informação.
Um motivo de preocupação é conseguir que o vírus não se expanda pelos campos de deslocados internos que existem na província de Gulu, onde se encontram em 390.000 pessoas.
O PAM - Programa Alimentar Mundial, em acção nos campos de deslocados, informou hoje que quatro pessoas foram transferidas para o hospital de Gulu ao apresentarem possíveis sintomas da enfermidade, estando ainda por confirmar se se trata de ebola ou de outra patologia.
Por outro lado e segundo a OMS, a prevenção básica e a aplicação imediata de medidas para isolar os enfermos podem contribuir em alto grau para o controlo da epidemia.
O ébola manifesta-se inicialmente com fortes dores de cabeça, nas articulações e no peito, causando logo múltiplas hemorragias do tracto gastrointestinal do recto à boca.
O vírus transmite-se pelo contacto directo com um enfermo ou com os seus fluídos corporais e a febre hemorrágica que causa é de momento incurável.