Edgar Correia criticou, esta quarta-feira, o processo de escolha de Jerónimo de Sousa para a liderança do Partido Comunista. O ex-dirigente comunista diz mesmo que o congresso do PCP será uma «farsa política».
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Edgar Correia questionou, esta quarta-feira, o processo de escolha de Jerónimo de Sousa como sucessor de Carlos Carvalhas como secretário-geral do PCP.
O nome de Jerónimo de Sousa foi anunciado hoje, num comunicado oficial do partido. Jerónimo de Sousa será apresentado ao Comité Central que será eleito no Congresso do partido, nos dias 26, 27 e 28 de Novembro.
«Será um secretário-geral sem legitimidade democrática. O Congresso antes de se iniciar já acabou, é apenas uma farsa política na minha opinião», afirmou Edgar Correia, antigo dirigente do PCP expulso em 2002.
Para o renovador, a escolha de Jerónimo de Sousa foi tomada há muito tempo «e significa que os membros do PCP não tiveram uma palavra a dizer».
«Há um documento político único, uma lista única para o comité central, um único nome para secretário-geral. É um método que não permite a discussão de alternativas e que não dá respostas aos problemas que o PCP enfrenta», defendeu aquele responsável, sublinhando que o PCP «carece de uma profunda democracia interna».