O pensador Eduardo Lourenço é um dos distinguidos com o Prémio Extremadura a la Creación, instituído pelo Governo regional daquela região autónoma espanhola, foi esta segunda-feira anunciado em Cáceres.
Corpo do artigo
Além do autor de «O fascismo nunca existiu», foram distinguidos os pintores Javier Fernãndez Molina (Espanha) e Alfredo Jaar (Chile) e o escritor espanhol Eugenio Fuentes.
Presidiu ao júri o escritor José Saramago, que explicou que Eduardo Lourenço «viaja dentro da literatura e procura o ponto de vista filosófico e sociológico, com uma fina análise ao nível dos grandes pensadores ibéricos como Miguel Unamuno, o que não é pouco».
O Prémio Nobel da Literatura reconheceu que a distinção de Eduardo Lourenço como «Melhor trajectória literária de um autor ibero-americano» é «uma alegria pessoal muito grande, porque contribuirá para despertar um lógico interesse na sua obra, na cultura portuguesa e em Portugal como destino».
Jaar, a residir em Nova Iorque, considerado «Melhor trajectória de um artista ibero-americano», caracteriza-se, segundo Carlos Jiménez Moreno, um dos membros do júri, «pela crítica aos estereótipos, aos esquemas políticos e ideológicos que perturbam as relações entre os diferentes mundos».
Jiménez salientou ainda que o trabalho do pintor chileno «foi reconhecido em importantes partes do mundo» como Miami (Florida), Nova Iorque, Tóquio, Estocolmo, Istambul e Roma.