Cientistas alemães descobriram restos de uma mulher mumificada há cerca de três mil anos, com um dedo do pé artificial que desempenhava as funções de prótese, segundo a última edição da revista britânica «The Lancet».
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A última edição da revista britânica «The Lancet» notícia que cientistas alemães descobriram restos de uma mulher mumificada há três mil anos, com um dedo do pé artificial, desempenhando funções de prótese.
A descoberta demonstra que a civilização egípcia pode ter sido pioneira em práticas cirúrgicas de amputação e colocação de membros artificias no corpo humano.
A equipa de cientistas, da Universidade alemã Ludwig-Maximilians, de Munique, comprovou que o dedo artificial descoberto é de madeira castanha escura, correspondendo ao polegar do pé direito de uma mulher perto dos 50 anos, que provavelmente morreu entre 1550 e 700 A.C.
Segundo os peritos, a mulher sofreu a amputação do dedo do pé em vida.
Estudos anteriores explicavam a incorporação de agentes externos nos corpos mumificados dos egípcios pelo ritual da preparação dos cadáveres, para a vida depois da morte.
Os restos da mulher foram encontrados em Tebas (antiga capital do Egipto), numa tumba construída durante a 18º dinastia egípcia (entre 1550 e 1300 A.C), que foi posteriormente utilizada para outros enterros.
O polegar, formado por uma peça central e duas pequenas placas de madeira presas com sete tiras de couro, estava unido ao pé com uma corda resistente que o mantinha bem unido ao corpo.
Segundo o responsável pela investigação, Andreas Nerlich, «a prótese correspondia perfeitamente à forma do polegar».
As observações proporcionam claras provas que a experiência cirúrgica para extrair o dedo e possivelmente outros membros do corpo humano, às vezes substituídos por próteses, «era uma realidade durante esse período no Egipto», acrescentou o cientista.
O polegar suporta normalmente 40 por cento do peso de uma pessoa quando caminha, pelo que um implante dessa parte do corpo é de extrema importância.