Uma presumível empresa está supostamente a tentar burlar cidadãos notificando-os da conquista de um prémio através de carta com o escudo da República Portuguesa, a simular um documento oficial, soube a Agência Lusa.
Corpo do artigo
A denúncia da suposta burla vai ser remetida à Polícia Judiciária pela Associação de Consumidores de Portugal (ACOP), que teve conhecimento da situação através do alerta de uma cidadã, revelou o dirigente e jurista Mário Frota.
Numa carta, a que a Agência Lusa teve acesso, e remetida a uma cidadã, aparece o escudo da República, ao centro na parte superior, e a designação «Sumter Portugal».
Nela a cidadã é notificada de que «toda a equipe da Telemedium» apresenta «sinceros parabéns por ter ganho o 1º prémio» de um passatempo.
Refere ainda que para a reclamação do prémio é necessário, nos cinco dias úteis desde a data da recepção da notificação, «telefonar para a linha de atribuição de prémios 608986000 para formalizar os seus dados para a atribuição».
A acompanhar a carta é enviado o «fac-simile» de um cheque no valor de 100 contos com o nome do beneficiário e a designação de «Prémio Sumter».
Quando se contacta telefonicamente para o referido número surge uma voz masculina a dizer que se ligou para o «serviço de concursos e passatempos Sumter Portugal» e a indicação de «quinhentos e sessenta e três escudos o minuto».
Para a ACOP, trata-se de um «número de audiotexto encapotado», um número de valor acrescentado. O «pretenso prémio é Sumter», a equipa é da Telemedium e uma suposta dra. Elizabete Costa a directora do departamento de prémios».
«É uma vergonha. Pretendemos alertar a Polícia Judiciária e as pessoas para que não caiam... na esparrela», declarou à Agência Lusa o professor universitário Mário Frota, lembrando que o Escudo da República Portuguesa só pode ser utilizado por instituições do Estado.