O Governo e as suas políticas recebem o apoio de economistas, empresários e gestores portugueses. A conclusão é de um inquérito, realizado pelo Jornal de Negócios, junto de 60 empresários, economistas e gestores.
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A larga maioria dos 60 empresários, gestores e economistas, que constituem o painel inquirido pelo Jornal de Notícias, considera que a mudança de governo foi positiva e aprovam as suas políticas.
Numa escala de 100 pontos possíveis, o painel atribui 57 pontos ao Governo, no seu conjunto, sendo que a actuação do ministro da Segurança Social e do Trabalho é a mais apoiada, com 67 pontos, seguida pela ministra da Finanças, com 63 pontos. O ministro da Economia recebe 52 pontos.
A pontuação mais negativa é atribuída ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação, com 44 pontos negativos.
Para 2003, o painel considera que a reforma relativa às privatizações é a menos importante, enquanto que a reforma laboral, a par da reforma do arrendamento, são as questões que merecem maior prioridade.
Em relação à União Europeia, as reformas de natureza económica são as mais apoiadas, enquanto que as reformas de natureza política são secundarizadas, coma flexibilidade do Pacto de Estabilidade e Crescimento a ser a reforma mais pretendida.
No que respeita à economia portuguesa, o painel acredita que, em 2033, a tendência será para cair mais um pouco, tendência também visível nas previsões dos inquiridos quanto à evolução do seu sector de actividade. As expectativas são mais optimistas em relação à recuperação da Bolsa e ao aumento das exportações nacionais.
Na lista de inquiridos encontram-se nomes com António Carrapatoso (Vodafone Telecel), Belmiro de Azevedo (Sonae), Jorge Armindo (Portucel), Álvaro Dâmaso (Anacom), Francisco van Zeller (CIP), João Salgueiro(Associação Portuguesa de Bancos), Teodora Cardoso (economista), Miguel Beleza (economista) e Miguel Pais do Amaral (Media Capital).