Um estudo do Banco de Portugal sobre o emprego em Portugal mostra que por cada três meses os despedimentos acontecem em maior número do que os postos de trabalho criados. O relatório mostra que enquanto 24 por cento das empresas criam novos postos de trabalho, 26 por cento procedem a despedimentos.
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A evolução líquida do emprego na economia portuguesa está associada a um processo de criação e destruição de emprego que envolve, em cada momento, 125 mil empresas que empregam 2,1 milhões de trabalhadores.
Destas empresas, 24 por cento criam novos postos de trabalho e 26 por cento procedem a despedimentos. As restantes empresas, cerca de 50 por cento do total, não fazem ajustes de funcionários, ou seja mantêm o mesmo número de trabalhadores.
O estudo, de autorida de Mário Centeno, Carla Machado e Álvaro novo, conclui ainda que um cenário de crescimento mais lento da economia prejudica sobretudo a capacidade de criar novos postos de trabalho mas não contribui significativamente para os empregos já existentes.
Estes números são semelhantes aos das economias mais desenvolvidas. O estudo acompanha o boletim de Inverno do Banco de Portugal.