Mais de meia centena de empresas de transportes de todo o país, reunidas este sábado na Figueira da Foz para debater problemas do sector, exigiram que o Governo aprove legislação que permita fazer face aos aumentos dos combustíveis.
Corpo do artigo
Paulo Mariano, representante do grupo de empresários, adianta que perante os aumentos é quase inevitável a falência de muitas empresas, com todas as implicações que desta situação vão decorrer. O porta-voz dá mesmo um exemplo.
«A alface vai começar a não chegar a tempo aos supermercados, vão começar a faltar coisas, vai começar o caos», disse.
Os 50 empresários de transportes de mercadorias decidiram na reunião de pedir à associação que os representa, a ANTRAM que exija ao Governo medidas para enfrentar a subida dos preços.
Os empresários pedem, por exemplo, o acesso ao gasóleo profissional que só vai estar acessível a partir de Junho aos transportes pesados de passageiros.
Entre as medidas defendidas as transportadoras de mercadorias defendem também a indexação de uma taxa que permita adequar o preço dos transportes ao aumento do gasóleo.
«Em França, por lei, quando os combustíveis aumentam, o transporte tem de aumentar», sublinhou Paulo Mariano.
O empresário esclareceu que a reunião de hoje foi convocada directamente pelas empresas «sem o apoio de nenhuma associação», as quais, na sua totalidade, «representam 11 mil postos de trabalho».