O vaivém Endeavour vai descolar, hoje, de Cabo Canaveral, numa missão cujo objectivo principal é transportar até à EEI a nova tripulação residente. Este lançamento tem um significado especial para um grupo de alunos portugueses, já que participam pela primeira vez num programa educativo da NASA.
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O vaivém Endeavour vai descolar, esta terça-feira, cerca das 22:45 (hora de Lisboa), de Cabo Canaveral, numa missão cujo objectivo principal é transportar até à Estação Espacial Internacional (EEI) a nova tripulação residente.
Além da equipa de três elementos, Linda Godwin, Daniel Tani e Mark Kelli, que vai habitar a plataforma durante cinco meses, o Endeavour, sob o comando de Dominic Gorie, transporta também água, alimentos e material científico.
A autorização para a descolagem aconteceu na sequência da confirmação de que os astronautas da Expedição Três, que ocupam actualmente o complexo, tinham sido capazes de remover o objecto que impedia a acoplagem perfeita e hermética da nave de carga russa Progress M1-7 ao módulo Zvezda da estação.
A NASA tinha admitido o risco da chegada do Endeavour poder provocar um desprendimento da nave russa ou danificar os mecanismos de acoplagem.
A EEI ou Alfa é, desde há um ano, um complexo orbital de investigação permanentemente habitado, voando a cerca de 370 quilómetros de altitude sobre a superfície da Terra.
Se o lançamento do vaivém se realizar, a nave chegará à Alfa na quinta-feira, permanecendo aí acoplada até ao dia 13.
Este lançamento tem um significado especial para Portugal, e para um grupo de alunos portugueses, já que participam pela primeira vez num programa educativo da NASA.
Seguem a bordo do vaivém sementes de hipericão do Gerês, de alfarrobeira, de medronheiro, vinho do Porto e da madeira, com o objectivo de sujeitar estas amostrar às condições do espaço: acelerações fortes seguidas de microgravidade, variações de temperatura e radiações elevadas.
«Depois do regresso das amostras, os alunos vão germinar as sementes que estiveram no espaço e outras idênticas que ficaram em Terra para compararem os processos», explicou Ana Noronha, da Agência Ciência Viva, organismo do Ministério da Ciência e da Tecnologia que coordena a participação portuguesa.