Há tecnologia disponível para minimizar a ocorrência de acidentes como o que aconteceu na Linha do Tua, avisa o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, sublinhando, no entanto, que é difícil perceber se este último acidente poderia ter sido evitado. Uma das vítimas do acidente continua desaparecida.
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No entanto, Fernando Santo não tem dúvidas que existem mecanismos de aviso quando sucedem interrupções nos troços ferroviários.
«Há possibilidade de meter sensores, e outras soluções que já estão implementadas noutras linhas, que dão sinal quando um bloco desprende avisndo a a central do ocorrido», explica.
O Bastonário da Ordem dos Engenheiros assinala ainda que tem havido um desinvestimento na segurança nos últimos anos. Fernando Santo considera que é necessário inverter a situação.
«À medida que Portugal aumenta património de construção tem de aumentar as competências dos técnicos que acompanham a manutenção, e o que acontece é o contrário: há uma redução dos meios técnicos, e contratações exteriores que não têm contactos a nível interno», sublinha o bastonário.
No entanto, Fernando Santo acredita que neste caso não foi isso que aconteceu, porque «nos últimos cinco anos a linha tem sido mantida e conservada, segundo os documentos que me foram apresentados pela REFER».
Por outro lado, a linha era muito antiga, o que cria situações como esta «que as autoridades não conseguem retirar a automotora sem a desmantelar», explica.
Cinco barragens encerradas para facilitar buscas
Entretanto e para facilitar as buscas no Rio TUA, a protecção Civil vai encerrar cinco barragens a montante do local onde se deu o acidente com a carruagem que caiu ao rio.
O fecho das comportas de Rabaçal, Tuela, Vinhais, Torga, Vale Madeiros e Mirandela, vão ser fechadas amanhã, segunda-feira.
Uma operação para facilitar as buscas do maquinistas da composição que ainda continua desaparecido.
A manobra marcada para amanhã deverá durar cerca de hora e meia, altura em que vão ser reforçados os meios no local, com mais 30 a 40 homens a vasculhar todas as zonas do rio onde o corpo do maquinista possa ter ficado preso.