Jerónimo de Sousa não acha que um entendimento PS-PSD vá resolver os problemas na área das Finanças Públicas e da Competitividade. Para o secretário-geral do PCP, uma das soluções está na revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
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O secretário-geral do PCP considerou, esta sexta-feira, que um entendimento entre o PSD e o PS «não resolve» os problemas das Finanças Públicas e da Competitividade.
Reagindo à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, gravada na quarta-feira, Jerónimo de Sousa disse que «não bastam assinaturas de contratos em branco» para solucionar os problemas, especialmente entre «dois protagonistas» que «têm graves responsabilidades na situação do país».
Apesar de ressalvar que não conhece a totalidade da mensagem de Jorge Sampaio, o líder comunista entende que «a questão não é do estabelecimento de um qualquer contrato, mas o que esse contrato contém».
Jerónimo de Sousa, que acrescentou que o PCP «não regateará nenhum esforço para propor soluções», defendeu ainda que os problemas apontados por Sampaio poderão ser resolvidos com a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento e com o reforço do aparelho produtivo nacional.
«Há normas que podem ser boas para a Alemanha, mas não para Portugal. Se não defendermos o aparelho produtivo nacional, como é que se pode falar em competitividade?», questionou.
O líder do PCP fez estas declarações à margem de uma visita ao Hospital D. Estefânia, que considerou ser uma «unidade de saúde de grande qualidade, que prova a necessidade da defesa do serviço público».