Retirar tecido de ovários de pacientes com cancro, para depois do tratamento ser transplantado pode ser solução para muitas mulheres que sofrem deste tipo de doença. Os especialistas estão convictos que tal procedimento não implica risco para a saúde dos pacientes.
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Retirar o tecido de ovário de pacientes com cancro, para depois do tratamento ser transplantado não representa um risco para a saúde dessas mulheres no futuro, dizem especialistas.
A quimioterapia pode destruir a possibilidade de uma mulher ter filhos depois do tratamento, uma vez que destrói as células dos ovários.
O «enxerto de ovários» é visto como uma possibilidade de obter resultados, ou seja retirar o tecido, o paciente ser tratado e colocá-lo novamente no corpo.
No entanto, tem havido receio de que os tecidos não tratados possam dar abrigo a células cancerígenas e que ao implantá-las de novo em pacientes curados, se permita que a doença se propague de novo.
Para testar isso, equipas de pesquisadores de Leeds e Manchester retiraram tecido de ovários de mulheres a quem tenha sido diagnosticado formas mais agressivas de linfoma de Hodgkin, e transplantaram-no em ratos que tinham sido objecto de tratamento e por isso tinham as suas defesas imunitárias em baixo.
Para comparar, retiraram uma parte do sistema linfático de mulheres com cancro e transplantaram-no noutros ratos.
Nenhum desses ratos, com transplantes de ovários, desenvolveu novas formas de cancro.
No entanto, todos os ratos com os outros transplantes desenvolveram novos cancros.
O dr. Samuel Kim que trabalha no projecto, viu estes resultados como um avanço, porque isto prova que o risco nas mulheres com «enxertos de ovários» é menor.
O dr. Samuel Kim que trabalha no projecto disse que «podemos agora ser mais optimistas neste tipo de transplante, no entanto estes resultados não devem ser interpretados como totalmente seguros».