A «epidemia moderna» de publicidade não solicitada enviada por e-mail vai ser debatida a partir de hoje em Genebra. Representantes de 60 países, reunidos através da iniciativa da ONU, vão tentar encontrar padrões legislativos e outras medidas de modo a controlar o denominado «spam».
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«Trata-se de uma epidemia da era moderna à qual é urgente responder», disse aos jornalistas o responsável interino da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Robert Horton, no arranque desta conferência de três dias.
Segundo esta organização entre 75 e 80 por cento de todo o correio electrónico recebido é «spam». Para controlar o problema, que para além de irritar os utilizadores, provoca o congestionamento nas redes, é preciso «cooperação internacional», salientou ainda aquele responsável.
A dificuldade em controlar esta publicidade incómoda e perigosa deve-se, em larga parte, ao facto da maioria dos países não terem qualquer legislação para lidar com o problema. Deste modo alguns produtores de «spam» estabelecem, electronicamente, a sua sede em países onde podem passar impunes.
Uma outra preocupação dos especialistas relaciona-se com o facto de algum «spam» recebido conter vírus e outros instrumentos como «cookies» e «trojans», que se podem auto-instalar no computador do utilizador, muitas vezes sem que este se aperceba.