Cientistas alemães e húngaros desenvolveram um programa de computador baseado em equações matemáticas que explica como é que as pessoas se movem quando são empurradas umas contra as outras durante uma situação de pânico. O modelo poderá salvar vidas, no futuro.
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O novo modelo matemático que prevê como é que multidões em pânico se comportam pode ajudar os arquitectos a desenhar estádios mais seguros e edifícios públicos e sistemas de transportes capazes de conter situações limite.
O autores do programa afirmam que o software pode ser utilizado para testar a capacidade dos corredores e saídas de emergência no escoamento de multidões, e na forma como essas pessoas ficam feridas durante a fuga.
Os investigadores garantem que uma nova abordagem, mais realista, se baseia em calcular a maneira como os indivíduos reagem numa multidão., em vez de pensar que as pessoas se movimentam de forma caótica.
O método baseia-se num enorme número de cálculos individuais, algo que até agora não era possível, devido a falta de capacidade dos computadores.
Os psicólogos defendem que as pessoas se movimentam de forma padronizada quando estão no meio de uma multidão e já o provaram por meio de experiências.
No acto de passar por uma porta, os indivíduos tendem a evitar as colisões e a movimentar-se de forma ordenada.
Mas quando surge uma situação de pânico, os indivíduos comportam-se como se fossem uma «manada».
À medida que as pessoas se movimentam mais depressa, o caos instala-se e pode causar pressões capazes de torcer barreiras de ferro ou deitar abaixo paredes de tijolos.
Um a vez que as pessoas se seguem uma às outras, saídas alternativas são muitas vezes ignoradas, com consequências trágicas.
Os investigadores usam estas observações para desenvolver um mo0delo de computador que identifique as escapatórias possíveis para uma situação de pânico, tendo em conta a mistura de forças sociais, físicas e psicológicas que influenciam o comportamento da multidão.
O programa já foi utilizado para investigar como as multidões se comportam em várias situações, como por exemplo como 90 pessoas tentam escapar de um quarto com fumo.
Neste cenário, os indivíduos correram para a saída bloqueando-a, em vez de a atravessarem em passo normal, com toda a facilidade. As consequências foram trágicas.
Umas das maneiras de evitar este tipo de tragédia é construir colunas de forma assimétrica em frente das saídas, de modo a prevenir as correrias e o pânico.