O tribunal que está a julgar elementos da Brigada de Trânsito da GNR ouviu, esta quinta-feira, a quarta testemunha. O inspector Paulo Silvestre da Polícia Judiciária confirmou que, de acordo com as escutas, havia agentes que praticavam extorsão.
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Quinta-feira de manhã, a defesa dos agentes da Brigada de Trânsito (BT) que estão a ser julgados em Albufeira pediu a extracção das declarações feitas em audiência pelo comandante da zona Sul da BT.
O tribunal não vai entregar a certidão com o depoimento do tenente coronel Antunes, mas mostrou-se disponível para ceder uma cópia áudio das declarações.
A defesa alega que o tenente coronel Antunes reconheceu em audiência existir uma lista de nomes que não deviam ser autuados e que isso pode constituir motivo de acção criminal junto da Procuradoria-Geral da República.
À tarde, o tribunal ouviu a quarta testemunha do processo, o inspector Paulo Silvestre da Polícia Judiciária.
Interrogado pelo Ministério Público, Paulo Silvestre confirmou no essencial o teor dos autos de pronúncia, segundo os quais havia na BT de Albufeira um conjunto de diversos agentes que exerciam fiscalização sobre viaturas de certas empresas de construção com o objectivo de extorsão de dinheiro ou bens para proveito próprio.
Paulo Silvestre reconheceu também que o método de investigação foram as escutas telefónicas. O julgamento fica suspenso para férias natalícias e retoma na segunda semana de Janeiro.