A maioria das pessoas sente prazer em comer um prato de esparguete. O que elas não sabiam, é que além do prazer que têm no momento da mastigação, também têm outro, produzido pelo cérebro, que traz felicidade.
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É muito raro encontrar em todo o mundo uma pessoa que não sinta prazer em comer um prato de esparguete. E foi mesmo por essa razão, que uma equipa de biólogos alemães do Instituto Max Plank, de Berlim, resolveu realizar uma pesquisa para tentar desvendar o segredo da emoção gastronómica provocada por este prato, conta a CNN.
Perante um emaranhado de fios, que parecem intermináveis no prato, ninguém pensa que o esparguete provoca prazeres em lugares distintos.
Segundo os biólogos, o primeiro prazer começa dentro da boca, durante a mastigação, mas não é o único. O outro, mais elaborado, é produzido no cérebro logo que o alimento chega ao estômago.
A serotonina, substância química produzida no sistema nervoso, no tecido intestinal e nas plaquetas sanguíneas, vai ao hipotálamo e abastece os neurónios, causando uma sensação de bem-estar e prazer.
A falta de serotonina é uma das causas principais da depressão nos seres humanos. Para que essa depressão não se verifique e as pessoas se mantenham felizes, os cientistas aconselham uma dieta rica em carbohidratos.
Assim, o facto de comermos esparguete pode contribuir para nos sentirmos mais felizes. E ainda mais contentes ficamos, se esse prato de esparguete for feito por alguém com muita experiência, como por exemplo, a nossa avó.
Os «segredos da avó»
As avós, «nonas» em italiano, conhecem bem os segredos de um bom preparo, usando farinha de grão duro e amassando bem a massa com as mãos, sem deixar caroços.
Assim, as proteínas da farinha desenvolvem-se e voltam-se a unir, enquanto os grãos de amido absorvem toda a água e formam uma densa massa.
Dessa maneira, o amido e as proteínas não se dissolvem prematuramente durante o cozimento e então, os fios do esparguete não ficam pegajosos.
E é esta a «técnica da avó» para fazer uma massa que acaba por ser uma fina e densa rede energética, e uma fonte prolongada de prazer.