O professor do Instituto Superior Técnico que, no estudo da CIP, defendeu a construção da nova ponte no eixo Beato/Montijo, está preocupado com o prazo de 45 dias que o Governo deu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para estudar todas as opções para a terceira travessia sobre o Tejo.
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O professor José Manuel Viegas pensa que mês e meio pode ser pouco tempo para fazer um estudo comparativo.
O professor lembra que uma das soluções [a opção Chelas/Barreiro] está a ser estudada há já oito anos, enquanto a outra [Beato/Montijo]só foi apresentada há poucos meses.
«Estamos a comparar dois objectos em estados muito diferentes de desenvolvimento, e para se compara com seriedade é preciso desenvolver mais a solução Beato/Montijo», explica.
Apesar desta preocupação, José Manuel Viegas fica «satisfeito» com a decisão do ministro das Obras Públicas de avaliar várias opções, elogiando o facto de Mário Lino ter percebido mais depressa do que, no caso do novo aeroporto, que era necessário realizar mais estudos.
Sobre esta decisão do Governo, a TSF recolheu também a opinião de Luís Filipe Menezes. O líder do PSD afirma não fica surpreendido com a decisão de avaliar outros trajectos para a nova ponte.
O líder do PSD não deixa contudo de criticar o que qualifica como a «ligeireza» com que o Governo tem lidado com as grandes obras públicas.
«Não faz sentido, afirmações peremptórias como a do primeiro-ministro sobre a localização da nova ponte, para depois dar o dito por não dito», critica Luís Filipe Menezes.
As conclusões do estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil devem ser conhecidas no final do próximo mês.