O II Congresso português do cancro do pulmão, que decorre no Porto entre quinta-feira e sábado, vai discutir os mais recentes avanços da ciência nesta matéria. Trata-se de uma preocupação para os médicos, na medida em que são diagnosticados anualmente cerca de três mil novos casos em Portugal.
Corpo do artigo
Está reunido no Porto, durante três dias, o II Congresso português do Cancro do Pulmão, com os especialistas a debaterem os mais recentes avanços da ciência.
Em Portugal, o cancro do pulmão é a segunda causa de morte por doença oncológica, logo a seguir ao cancro dos intestinos, sendo que nos homens o cancro do pulmão aparece em primeiro lugar na lista das causas de morte por cancro.
Todos os anos surgem três mil novos casos nacionais e metade dos doentes morrem em menos de um ano após ter sido diagnosticado o cancro, devido, sobretudo, ao consumo excessivo do tabaco, tal como explicou Fernando Barata, presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão.
«O tabaco é responsável por 85 por cento dos cancros diagnosticados em Portugal. Nos últimos anos, tem ocorrido um aumento da incidência do cancro na mulher, ao mesmo tempo que se está a diagnosticar em idades cada vez mais jovens, face aos hábitos tabágicos», disse.
O consumo excessivo de tabaco vai ser precisamente um dos temas em debate no Porto. Bárbara Parente, presidente da comissão organizadora do II Congresso português do Cancro do Pulmão, traçou outros objectivos do encontro.
«Por um lado, alertar para a problemática do cancro do pulmão e, por outro lado, deslocar individualidades a nível mundial na área do canco do pulmão, não só na perspectiva do diagnóstico precoce com métodos sofisticados como também nas terapêuticas endoscópicas», adiantou.
No congresso, vão também ser apresentados novos medicamentos para o tratamento da doença, tratando-se de fármacos que reduzem os efeitos secundários e permitem uma melhor qualidade de vida aos doentes.