A estação orbital Mir vai ser afundada no Oceano Pacífico, entre os 27 e 28 Fevereiro, do próximo ano, foi hoje anunciado oficialmente.
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O director da Agência espacial russa, Yuri Koptiev, anunciou que a Mir vai deixar de existir numa operação que será realizada entre os dias 27 e 28 de Fevereiro de 2001, após catorze anos de serviço.
Koptiev anunciou que a decisão foi tomada durante uma reunião do executivo russo, que desde há dois anos estudava a possibilidade de manter a estação em órbita.
Vai verificar-se num quadro visando assegurar todas as condições de segurança possíveis, afirmou hoje o primeiro-ministro russo, Mikhail Kassianov.
A Rússia fiscaliza a segurança do voo da Mir, que permanece em órbita há mais de 14 anos, mas existem pequenos problemas que é preciso resolver, acrescentou.
Vários ministérios russos, nomeadamente o da Defesa e das Situações de Emergência, deverão garantir que a destruição da Mir não represente qualquer perigo.
«Temos que garantir que a estação não vai cair na cabeça de alguém», comentou quarta-feira o chefe da Agência espacial russa, Iuri Koptev.
Um responsável do sector espacial afirmou, no entanto, que é impossível prever a forma como vai decorrer o afundamento da estação e das suas 130 toneladas através das camadas da atmosfera.
A Rússia, que está envolvida no projecto da Estação Espacial Internacional (EEI), não possui meios financeiros suficientes para manter a Mir em órbita e por isso vai destruí-la em Fevereiro.
Os peritos russos desenvolveram um plano para destruir-la, fazendo-a descer da sua órbita com a ajuda de uma nave Progress para que a estação arda na passagem pela atmosfera, onde será consumida em grande parte.
Os restos da Mir deverão cair num local escolhido no Oceano Pacífico.