Michael Molnar, astrónomo norte-americano, defende que a Estrela de Belém foi um eclipse duplo de Júpiter, ocorrido há cerca de dois mil anos. O investigador chegou a esta conclusão enquanto estudava um mapa estrelar simbólico, numa moeda do antigo império romano encontrada na Síria.
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Michael Molnar, astrónomo norte-americano, defende ter descoberto a primeira referência à Estrela de Belém fora da Bíblia, em textos do século IV escritos por um cristão convertido que queria ocultar as raízes astrológicas do fenómeno celestial.
Vários cientistas e astrónomos têm vindo ao longo dos séculos a discutir a natureza da luz bíblica que conduziu os Reis Magos ao Menino Jesus, havendo sugestões de que seria um cometa.
No entanto, Michael Molnar, ex-pesquisador da Universidade de Rutgers, concluiu que a Estrela de Belém foi, na verdade, um eclipse duplo de Júpiter ocorrido há cerca de dois mil anos.
O investigador chegou a esta conclusão enquanto estudava um mapa estrelar simbólico, numa moeda do antigo império romano, encontrada na Síria, que descreve Áries e outros símbolos celestiais.
Depreendendo que Áries era o signo dos judeus, Molnar chegou à conclusão que os antigos astrólogos teriam pesquisado essa constelação procurando uma indicação do salvador do reino da Judeia.
No entanto, o cientista afirma não ter até agora qualquer prova histórica, embora um modelo elaborado por computador tenha apoiado a sua posição.
O «Mathesis», livro escrito em 334 d.c. por Firmicus Maternus, um astrólogo do imperador romano Constantino, descreve um evento astrológico envolvendo um eclipse de Júpiter pela Lua em Áries, afirmando tratar-se do nascimento de um rei divino, ou seja, a vinda do Messias.