O presidente do LNEC considerou que o estudo feito pela instituição não foi «fortemente favorável» à opção Alcochete, mas apenas «favorável». Na RTP, Carlos Matias Ramos explicou ainda que Alcochete vai custar menos 300 milhões de euros que a Ota.
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O presidente do LNEC explicou que o estudo feito pela instituição que dirige não foi «fortemente favorável» à opção Alcochete para o novo aeroporto de Lisboa, mas apenas favorável».
Na RTP, Carlos Matias Ramos adiantou que as obras em Alcochete vão custar 3200 milhões de euros, a preços de 2007, menos 300 milhões do que custariam na Ota, a opção que o Governo decidiu pôr de lado na quinta-feira.
Este responsável explicou ainda que a opção Alcochete permite movimentar cem aviões por hora, mais 30 aviões que na Ota, com a vantagem de em Alcochete poderem ser feitas aterragens e descolagens em simultâneo em todas as alturas.
Já na Ota existia um «funcionamento que por vezes era só para a aterragem ou só para levantar voo», sendo que os movimentos por hora se quedariam pelos 70, segundo a NAV, e pelos 84, de acordo com outro estudo.
«Isto é logo à partida um facto que tem de ser levado muito em conta na decisão», explicou Carlos Matias Ramos, que também confirmou que a opção Alcochete implica a construção de um ramal de ligação ao TGV, que custará 245 milhões de euros.
O presidente do LNEC explicou ainda que, para além do ramal para a ligação à linha prevista do TGV entre Lisboa e Madrid, será necessário outro ramal para a ligação à linha de comboio já existente.
«Nem toda a gente anda de shuttle. Por exemplo, assumimos que os trabalhadores do aeroporto poderão andar no comboio convencional, por isso têm de existir as duas bitolas, a europeia e a ibérica», clarificou.