As taxas de juro de mercado em euros subiram, esta terça-feira, para o valor mais alto desde o início do ano. Apesar das várias infecções de dinheiro do BCE para garantir a liquidez dos mercados, os bancos continuam a mostrar-se desconfiados.
Corpo do artigo
As taxas de juro de mercado em euros subiram, esta terça-feira, para o valor mais alto desde o início do ano, mostrando que os esforços feitos pelos bancos centrais para garantir liquidez não estão a resolver a crise instalada no crédito.
A Euribor a seis meses e a um ano encontra-se acima dos 4,7 por cento, enquanto a principal taxa usada para calcular a prestação do crédito à habitação a três meses subiu para 4,69 por cento.
Apesar das sucessivas injecções de dinheiro do Banco Central Europeu (BCE) para garantir a liquidez dos mercados, os bancos continuam desconfiados e acabam por emprestar dinheiro uns aos outros a juros mais elevados.
Ao contrário dos Estados Unidos, que já baixaram seis vezes as taxas de juro, o BCE ainda não desceu as taxas desde que começou a agitação dos mercado associada ao crédito hipotecário de alto risco dos EUA.
O economista João César das Neves, ouvido há instantes pela TSF, diz que não há motivos para pânico, no entanto alerta para a possibilidade de as taxas continuarem a subir. Nada garante que tenha sido atingido o ponto mais alto.