As antigas instalações da Bombardier vão fabricar parte das 300 viaturas blindadas que vão ser adquiridas pelo Exército e pela Marinha portuguesas. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa.
Corpo do artigo
Grande parte das cerca de 300 viaturas blindadas que vão ser adquiridas para o Exército e Marinha portugueses será fabricada nas instalações e com trabalhadores da ex-Bombardier.
O anúncio foi feito esta quarta-feira, pelo ministro da Defesa, na cerimónia de anúncio do vencedor do concurso público internacional para o fornecimento das viaturas blindadas de rodas 8x8, que vão substituir as históricas chaimite, que decorreu ao princípio da noite no Depósito Geral de Materiais do Exército, em Benavente.
Segundo Paulo Portas, na escolha do consórcio vencedor, liderado pela Steyr (Áustria), pesou, não só o preço, 344 milhões de euros, mas também o facto de, ao contrário do outro concorrente, uma das contrapartidas propostas ser a construção de grande parte da encomenda em Portugal.
«É importante para o Governo, para a Defesa Nacional e para o país sabermos que o reequipamento das Forças Armadas vai permitir que, no local exacto onde morreu uma fábrica, e com que dor social, vai nascer outra fábrica, onde boa parte destas viaturas vão ser fabricadas», disse.
«Toda a gente sabe o que aconteceu na Bombardier. É exactamente aproveitando trabalhadores e instalações da Bombardier que este concurso vem permitir uma extraordinária oportunidade de emprego, de desenvolvimento e de tecnologias em Portugal, para portugueses e com portugueses», acrescentou.