Uma série de explosões destruiu, este sábado, três restaurantes apinhados na estância turística indonésia de Bali, provocando pelo menos 32 mortos e 101 feridos. Até ao momento, nenhuma organização reivindicou os ataques.
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Este balanço foi avançado por um funcionário de hospital da zona em declarações à rádio indonésia. O último balanço dava conta de 23 mortos e cerca de 50 feridos.
O funcionário indicou também que vários cadáveres estão «cobertos de pregos», o que sugere que as bombas na origem dos atentados tenham sido enchidas de pregos e pequenos fragmentos de metal para produzirem mais vítimas.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, afirmou tratar-se de ataques terroristas e prometeu perseguir e julgar os culpados.
Até ao momento, nenhuma organização reivindicou os ataques, mas as suspeitas das autoridades recaem sobre a Jemaah Islamyiah, uma das mais poderosas organizações terroristas do sudeste asiático, com ligações reconhecidas à al-Qaeda.
As seis explosões, accionadas entre as 18:50 e as 19:00 locais (12:50 e 13:00 em Lisboa), deixaram praticamente destruídos dois restaurantes da praia de Jimbaran e um restaurante de três andares na baixa de Kuta, a escassos dias do terceiro aniversário dos atentados terroristas de 12 de Outubro de 2002 em Bali, em que morreram 202 pessoas, na sua maioria turistas estrangeiros.
Entre os mortos foram identificados, até agora, pelo menos três cidadãos estrangeiros: um europeu, possivelmente britânico, uma australiana e uma japonesa. Entre os feridos há também vários turistas já contabilizados: cinco coreanos, três australianos e uma francesa.
Desconhece-se se há algum português entre as vítimas dos ataques, sabendo-se apenas, a partir da embaixada de Portugal em Díli, que os cerca de 20 portugueses residentes em Timor-Leste actualmente em Bali cuja presença era do conhecimento da embaixada foram contactados e encontram-se bem.