Há falta de comunicação entre os médicos e quem cuida dos pacientes de Alzheimer, segundo os dados de um estudo. Mais informação sobre a evolução da doença é o que reivindicam familiares e amigos dos doentes, pois junto dos médicos não obtêm resposta.
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Um estudo revelou que há falta de comunicação entre os médicos e quem cuida dos doentes de Alzheimer.
Quem presta os cuidados aos pacientes, normalmente familiares e amigos, considera não obter informação suficiente junto dos médicos sobre a evolução da doença. O estudo revela ainda que muitas destas pessoas subestimam a necessidade de ter informações sobre a patologia.
Relativamente a quem cuida dos doentes com Alzheimer, 57 por cento quer mais informação, face a 38 por cento que diz ter recebido essa informação do pessoal médico.
Cerca de 52 por cento gostaria de saber em que medida os doentes seriam afectados pela realização de tarefas diárias, enquanto que apenas 28 por cento revelou ter recebido essa informação dos médicos.
No outro campo, 83 por cento dos profissionais de saúde garante ter fornecido informações sobre a evolução da enfermidade e 84 por cento confirmou que as pessoas que cuidam dos pacientes pediam essas informações.
Este estudo foi efectuado via telefone, pela Alzheimer's Association, a 376 pessoas com um familiar ou amigo íntimo com a doença. Foram ainda contactados 500 médicos.
Existem cerca de 12 milhões de doentes no mundo e as previsões científicas apontam para que este número aumente em 2025 para 22 milhões e em 2050 para 45 milhões de indivíduos, segundo dados da Associação Norte-Americana para a Doença de Alzheimer.
Em Portugal as estimativas apontam para que 60 mil pessoas sofram da patologia.