O Tribunal de Castelo de Paiva absolveu esta sexta-feira os seis engenheiros alegadamente responsáveis pela queda da ponte de Entre-os-Rios. Conhecido o acórdão, as famílias das vítimas estão apreensivas quanto a apresentar recurso porque não querem prolongar o sofrimento a que têm sido sujeitas.
Corpo do artigo
As famílias das vítimas não sabem se vão recorrer da decisão do colectivo de juízes do Tribunal de Castelo de Paiva que concluiu que os seis arguidos no processo da queda da Ponte de Entre-os-Rios não cometeram os crimes de que eram acusados.
«Não sei se será bom para o nosso bem-estar psicológico a opção pôr um recurso. É um processo muito doloroso. Já lá vão quase seis anos de sofrimento e não sei se devemos prolongá-lo», disse o vice-presidente da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios, Augusto Moreira.
O responsável defendeu «que a justiça é que saiu derrotada deste processo» e sublinhou que os seis técnicos hoje absolvidos «tinham responsabilidades», assim como «outras pessoas, com responsabilidades nos ministérios, também deveriam ter sido julgadas».
Tal como as famílias, o Ministério Público - que tinha pedido penalizações distintas para os diferentes arguidos - também não esclareceu se vai recorrer da sentença.