As farinhas de carne retiradas da dieta dos animais de consumo doméstico na Suíça, vão ser utilizadas como combustível alternativo na indústria do cimento, anunciou hoje o Gabinete Veterinário Federal.
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As farinhas de carne que o governo suíço decidiu retirar da alimentação de todos os animais de consumo doméstico serão utilizadas como combustível alternativo na indústria do cimento, anunciou hoje em Berna o Gabinete Veterinário Federal (GVF).
Foi assinado um acordo nesse sentido entre o maior produtor suíço de farinhas de carne, Centravo SA, e a Associação suíça da indústria do cimento (Cemsuisse), anunciou o GVF num comunicado que classifica esta solução como «sensata tanto de uma perspectiva técnica como ecológica, tendo em conta as circunstâncias actuais».
«Estas farinhas animais, essencialmente compostas por proteínas e gorduras, podem ser assim completamente eliminadas de uma forma eficaz e que economiza energia», acrescentou o Gabinete.
No início de Novembro, o GVF propôs o alargamento da proibição das farinhas de carne na alimentação de todos os animais de consumo (porcos, aves, peixes), já que a proibição de as utilizar na alimentação dos bovinos estava já em vigor desde 1990. O governo suíço aprovou na semana passada o acordo de princípio desta proibição, encarregando o Gabinete Veterinário Federal de apresentar propostas para a sua aplicação.
Além de cinco mil toneladas que são utilizadas por ano, na Suíça, na alimentação dos porcos e das galinhas, há também 45 mil toneladas destinadas à exportação que devem agora ser destruídas. Os países que eram os principais destinatários das farinhas de carne suíças, a Alemanha e a Holanda, já suspenderam a importação das mesmas.