A presidente da Câmara de Felgueiras nega que exista um relatório da Inspecção Geral da Administração do Território que conclui pela sua perda de mandato por irregularidades na gestão camarária. «É pura especulação», diz.
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«Pura especulação». É com esta frase que a presidente da Câmara Municipal de Felgueiras reage à notícia avançada pelo «Público», segundo a qual um inquérito da Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT) conclui pela perda de mandato da autarca, que terá tomado decisões num processo de loteamento na qual era uma das partes interessadas.
Fátima Felgueiras (na foto) afirma, de resto, que não existe nenhum relatório da IGAT. Se existisse, considera, teria sido informada, o que não aconteceu. A notícia do «Público» é «uma mera especulação jornalística de quem - sabe-se lá com que interesse e com que motivação - resolveu estar ao serviço de um combate sem regras, de gente sem respeito, sem educação e sem dignidade», afirmou Fátima Felgueiras à TSF.
Depois de negar novamente que exista um relatório, a autarca explicou que ela própria solicitou uma investigação «para pôr cobro à especulação e às notícias infundadas e inverdades de envolvimento da Câmara e do meu próprio envolvimento em questões que nada têm a ver como município de Felgueiras, a sua Câmara e comigo».
Fátima Felgueiras acrescentou que, se tivesse existido uma inspecção, a Câmara teria ficado a saber. Para a autarca, a notícia avançada pelo «Público» terá «possivelmente» como objectivo «manipular a Assembleia Municipal que hoje à noite vai decorrer em Felgueiras e onde se vai aprovar o plano e orçamento para 2001».