O FC Porto conseguiu entrar melhor no jogo e «apanhou-se» a ganhar aos 9 minutos com um bom remate de McCarthy. O Benfica nunca teve fio de jogo e só dominou na 2ª parte mas jogou mais com o coração. Os «dragões» com a vitória por 1-0, esta noite, reduzem a desvantagem em relação aos «encarnados» (1 ponto) que dividem o 1º lugar com o Marítimo.
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O Benfica-Porto foi um clássico. Um jogo onde houve momentos de bom futebol e emoção até ao fim. Foi também a prova de que a polémica da última semana é totalmente desnecessária ao futebol. E, para ser um verdadeiro clássico, existiram também vários casos (grande penalidade por marcar, duas expulsões e um golo anulado).
Nas equipas titulares, Trapattoni surpreendeu, colocando Geovanni e «enviando» Sokota para a bancada. Também com alguma surpresa, do lado dos «dragões», Quaresma não entrou de início.
O Benfica entrou com o pé esquerdo e passou 80 minutos a correr atrás do prejuízo. Aos 9 minutos, Benny McCarthy aproveita um ressalto, remata forte e com efeito, do «meio da rua», para a baliza de um surpreendido Moreira que nada podia fazer (a bola sofreu um desvio em Luisão).
A partir daí, restou ao FC Porto controlar o jogo, trocando bem a bola no primeiro tempo e passando à expectativa na etapa complementar. O Benfica passou a jogar melhor quando os portistas «deixaram» mas mais com o coração do que com a razão.
Aconteceu logo no início da segunda parte o primeiro caso do jogo.Terá ficado uma grande penalidade por assinalar a favor dos «encarnados» por falta de Seitaridis sobre Karadas.
O segundo caso surgiu aos 15 minutos do segundo tempo. Pepe guarda a bola e impede o Benfica de colocar rapidamente a bola em jogo. Nuno Gomes atinge Pepe quando tenta recuperá-la e o central portista agride-o. O árbitro decide salomonicamente e ambas as equipas passam a enfrentar a última meia-hora com 10 jogadores.
O caso mais grave é o do golo anulado. A cerca de 10 minutos do fim, Petit remata com violência à figura de Baía que falha a defesa e deixa «fugir» a bola para a baliza. Consegue ainda com uma palmada tirar a bola mas as imagens televisivas comprovam o golo. Basta ver que, a partir do momento em que a bola bate no risco, ela só pode ter entrado não dando tempo a Baía de emendar o erro. Mas o árbitro anulou o golo do empate depois de consultar o assistente.
Os casos continuaram no final da partida com um sururu junto ao árbitro e até na sala de imprensa com o presidente Pinto da Costa a tentar falar aos jornalistas nas conferências habituais após os encontros.
Depois de tanta polémica à volta deste clássico, as equipas do Benfica e do FC Porto tentaram fazer aquilo que todos os adeptos querem: praticar bom futebol num Estádio da Luz praticamente cheio. Tomara que o futebol em Portugal fosse outro e apenas jogado dentro do campo.
Com esta primeira derrota, o Benfica continua na frente da SuperLiga, com 13 pontos (agora com a companhia do Marítimo). O FC Porto iguala o Sporting de Braga no 3º lugar a apenas um ponto dos benfiquistas.
No novo Estádio da Luz, perante quase 65 mil pessoas e sob a arbitragem de Olegário Benquerença (Leiria), as equipas alinharam da seguinte forma:
Benfica
Benfica: Moreira; Miguel, Luisão, Ricardo Rocha e Fyssas; João Pereira (Karadas, 26), Manuel Fernandes (Zahovic, 71), Petit, Geovanni e Simão Sabrosa; Nuno Gomes.
Suplentes: Quim, Amoreirinha, Argel, Paulo Almeida, Zahovic, Dos Santos e Karadas.
FC Porto
FC Porto: Vitor Baía; Seitaridis, Jorge Costa, Pepe e Ricardo Costa; Costinha, Maniche e Diego (Ricardo Quaresma, 83); Carlos Alberto (Bosingwa, 69), McCarthy e Derlei (Areias, 63).
Suplentes: Nuno, Hugo Leal, Quaresma, Areias, Bosingwa, Raúl Meireles, Quaresma e Hélder Postiga.