O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), refutou hoje a ideia de que o encerramento da Universidade viole a vontade dos colegas terem aulas, mas admitiu tratar-se da «forma mais radicalizada» de contestação.
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«Se há alunos que querem vir às aulas, ainda não os vi hoje e são 22 mil» (alunos na Universidade de Coimbra), disse Victor Hugo Salgado aos jornalista, frisando que o encerramento da instituição com correntes e cadeados, hoje e quinta-feira foi uma deliberação de uma assembleia magna de estudantes.
Durante a manhã, um professor de Bioquímica tentou forçar a abertura da principal entrada para o Departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia.
Uma aluna queixa-se de que, no decorrer daquela acção, o docente tê-la-á agredido na cara, acusação entretanto contestada pelo professor.
O dirigente associativo lamentou o incidente que envolveu o professor e a aluna que se encontrava de piquete.
«O professor tinha a possibilidade de entrar por outra porta, aberta no âmbito dos serviços mínimos. Era desnecessária a posição bruta e violenta que teve», criticou Victor Hugo Salgado.
Os estudantes pretendem manter a Universidade de Coimbra encerrada até quinta-feira, em protesto contra a actual política governativa para o Ensino Superior que determina o aumento das propinas.