A 76ª edição da Feira do Livro de Lisboa, subordinada ao tema «Ler é Poder», abriu esta quinta-feira no Parque Eduardo VII, com 207 pavilhões de 121 editoras. Na abertura oficial esteve presente a ministra da Cultura e o presidente da Câmara de Lisboa.
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Até 13 de Junho estarão à venda, a preços mais baratos, mais de um milhão de livros, correspondendo a cerca de cem mil títulos.
Este ano, pela primeira vez, o certame tem um país convidado, Angola, para tentar «alargar as feiras do livro ao espaço da lusofonia», disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), António Baptista Lopes.
A abertura oficial da Feira contou com a presença da ministra da Cultura e do presidente da câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues.
Isabel Pires Lima salientou que o sector da edição tem «muita vitalidade e a maior importância nas indústrias culturais portuguesas».
Apesar desta realidade, «trata-se de um sector que não se conhece bem a si próprio, por falta de dados», acrescentou Isabel Pires de Lima, recordando que o seu ministério já se comprometeu a lançar um estudo sobre o livro e os hábitos de leitura em Portugal.
Na abertura do certame, que descreveu como «a maior montra de livros do país», Isabel Pires de Lima recordou que, em 2007, será lançado pelo Ministério da Cultura um prémio de edição.
A finalizar a sessão, a governante destacou o papel do livro «na capacidade de ler o mundo e construir alternativas», reforçando que o acesso às obras «é fundamental para o exercício de uma cidadania plena».
A sessão inaugural da Feira do Livro contou hoje com uma intérprete de linguagem gestual, o que se insere na política da Câmara Municipal de Lisboa para o certame.
A edição deste ano do certame dispõe de informação on-line, em formato digital, em braille e tradução em língua gestual portuguesa nos vários eventos, havendo ainda a hipótese de encaminhamento personalizado por uma equipa de voluntários preparados para o efeito.
Segundo a autarquia, a intenção é que «os cidadãos portadores de dificuldades específicas possam aceder à informação electrónica e às disponibilidades bibliográficas dos diferentes stands, tanto quanto possível em igualdade de circunstâncias com as pessoas não afectadas por tais condicionalismos».