A FENPROF entende que existem razões que justificam as manifestações de professores que ocorreram em algumas cidades do país. Em declarações à TSF, António Avelãs classificou o entendimento com Ministério da Educação sobre a avaliação de professores como «pontual».
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A FENPROF entende que se mantêm as razões de fundo contra o modelo de avaliação de desempenho dos professores e contra o novo regime de autonomia, gestão e administração escolar.
Em declarações à TSF, António Avelãs explicou que é esta uma das razões que explica as várias manifestações de docentes em algumas cidades do país, apesar do acordo com o Ministério da Educação nesta questão.
«Foi um acordo pontual. Resolveu algumas questões que eram importantes resolver neste final de ano lectivo. As questões fundamentais que passam pela revisão de estatutos, pelo combate ao modelo de avaliação e pela anulação divisão da carreira mantêm-se e daí que os sindicatos estão na denúncia desta situação», explicou.
Tal como em Lisboa, onde não terão estado mais de cinco centenas de professores na manifestação deste sábado, no Porto, também não houve uma grande adesão, algo que o líder da Federação nacional da Educação não considerou surpreendente.
«Os professores devem ter entendido que o protocolo de entendimento assinado com o Ministério da Educação salvaguardou questões essenciais e têm a garantia dos sindicatos de que não vão ceder», afirmou João Dias da Silva, comentando o facto de apenas cerca de 300 professores terem estado nesta manifestação.
À agência Lusa, João Dias da Silva sublinhou que «esta manifestação pretende dizer claramente que o protocolo de entendimento não significa que os professores estão resignados».
O líder da FNE conformou também que os professores pretendem negociar com o Governo «matérias relevantes» que não foram contemplados neste protocolo.
João Dias da Silva defendeu ainda que «os professores têm que ter tempo para serem professores» e sublinhou ser «necessário que as escolas vejam reforçada a autonomia em matérias que são essenciais para a sua organização».
Para além de Lisboa e Porto, os professores organizaram ainda manifestações em Coimbra e Évora.