A ministra das Finanças prevê que a venda da rede fixa de telecomunicações seja aprovada em Conselho de Ministros muito em breve. Quanto ao défice público de 2002, Ferreira Leite continua convicta nos 2,8 por cento.
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A ministra das Finanças está absolutamente convicta de que o défice público, em 2002, se situará abaixo dos três por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Em entrevista à Reuters, Ferreira Leite lembrou que «sempre disse que tomaria as medidas que fossem consideradas essenciais para se alcançar o objectivo decidido no Orçamento Rectificativo de 2002 - défice de 2,8 por cento».
Por outro lado, sublinhou que «do ponto de vista interno é absolutamente essencial que se faça uma redução significativa do défice».
Recorde-se que, em 2001, o défice orçamental português atingiu os 4,1 por cento, sendo o primeiro país a ultrapassar o limite de três por cento imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Quanto à venda da rede fixa de telecomunicações à PT, a ministra da Finanças revelou que irá a Conselho de Ministros muito brevemente.
No entanto, escusou-se a comentar o valor referido por alguma imprensa de que a venda estaria avaliada entre 300 e 400 milhões de euros.
Em relação à perda da receita fiscal face ao objectivo do OR de 2002, a titular da pasta das Finanças frisou que «deve andar à volta dos 500 milhões de euros», admitindo que o IRC estará a baixo do estimado e prevendo que o IVA não ficará muito longe do previsto.
Sobre venda do património imobiliário, Ferreira Leite adiantou que «não existem condições» para arrecadar uma receita muito significativa.
«É provável que consigamos atingir o nível que estava orçamentado (cerca de 150 milhões de euros), disse, sublinhando que «se ficarmos longe disso não terá significado».