A ministra das Finanças voltou, esta segunda-feira, a reafirmar a meta de 2,8 por cento do PIB para o défice de 2002. A ministra avançou, ainda, que a execução orçamental está conforme ao estimado pelo Governo.
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A ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, voltou hoje a reafirmar que Portugal vai registar um défice orçamental de 2,8 por cento do PIB em 2002, a reflectir as medidas tomadas em prol desse objectivo.
«Desde há muitos meses que tenho dito que vamos atingir os objectivos a que nos propusemos e que tomaríamos todas as medidas necessárias para os alcançar.», avançou a ministra aos jornalistas à margem de uma conferência sobre Portugal e a União Europeia, organizada pelo The Economist.
«Fizemo-lo e estou absolutamente convicta que as medidas tomadas foram as suficientes para alcançar os objectivos a que nos tínhamos proposto», esclareceu.
As declarações da ministra das Finanças surgem no mesmo dia em que o jornal Diário de Notícias revela que os negócios com a PT e Brisa, anunciados na passada quinta-feira pelo Governo, não são suficientes para pôr o défice de 2002 abaixo dos três por cento.
O jornal diz ainda que o Estado precisa de mais 550 milhões de euros do plano de regularização de dívidas fiscais para trazer o défice abaixo dos três por cento.
Questionada sobre as dúvidas levantadas sobre a contabilização do negócio da Brisa, ainda em 2002, Ferreira Leite diz ter a«certeza absoluta que não existe nenhum problema quanto ao negócio da Brisa (...) que é em tudo semelhante com o que foi feito com o UMTS».
Sobre a execução orçamental, a ser divulgada esta segunda-feira, a ministra das Finanças esclareceu que a mesma está dentro das expectativas, mostrando, no entanto, «sinais de recuperação da receita fiscal».