A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) entende que a divulgação do relatório sobre a Função Pública vai causar instabilidade, o que não é positivo. Ana Avoila, da Frente Comum, considera que a aplicação das propostas do relatório vão dar em despedimentos.
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A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) considera que a forma como foi conhecido o relatório da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações vai causar instabilidade.
Em declarações à TSF, Nobre dos Santos entende que enquanto o secretário de Estado da Administração Pública vai dizendo que não irão acontecer despedimentos na Função Pública, vão sendo criadas «fugas de informação».
No entender deste sindicalista da FESAP, estas «fugas de informação» têm por objectivo as pessoas «irem formando opinião sobre factos isolados, como trabalhadores a mais e como a necessidade de dispensar um grande número de trabalhadores auxiliares».
Nobre dos Santos aproveitou ainda para voltar a pedir ao Governo para «parar para pensar», considerando que não é num clima de «instabilidade e ameaças veladas» que se resolvem os problemas da Função Pública.
Ana Avoila, da Frente Comum, entende que a aplicação das regras propostas pela Comissão Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações deve mesmo vir a provocar despedimentos por causa da alteração do vínculo de emprego.
«O secretário de Estado que não se sirva de sofismas para dizer que não vai haver despedimentos na Função Pública, quando ao mesmo tempo quer alterar as condições e todos os direitos que os trabalhadores da Função Pública adquiriram», concluiu, também em declarações à TSF.
A Frente Comum prometeu que vai resistir às medidas propostas por este estudo que pede, entre outras, a contenção ou mesmo a redução de funcionários públicos.
«É a primeira vez que, no nosso país, desde o 25 de Abril, que existe um ataque tão grande aos trabalhadores da Função Pública e que se faz reflectir nos trabalhadores do sector privado», concluiu.