Os telefonemas directos entre Cuba e os Estados Unidos vão ser suspensos a partir de dia 15. A medida baseia-se na recusa das companhias americanas em pagarem um imposto exigido por Havana.
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Como os americanos não pagam, corta-se. Assim terá pensado o Comité Executivo do Conselho de Ministros quando foi confrontado com a recusa das companhias de telefones norte-americanas em pagarem um imposto exigido por Havana.
Cuba queria beneficiar um imposto de 10 por cento sobre todas as comunicações entre a ilha e os Estados Unidos.
Num comunicado oficial, o Conselho de Ministros afirma «suspender totalmente as comunicações telefónicas directas do serviço internacional entre Cuba e os Estados Unidos», a partir de dia 15.
A medida será tecnicamente aplicada pela companhia de telecomunicações de Cuba, ETECSA.
O documento precisa que as companhias norte-americanas informaram Havana de que não podiam pagar o imposto «pois não tinham a autorização do governo dos Estados Unidos».
Esta medida surgiu em Outubro, depois de Washington ter aprovado a transferência para os grupos anti-castristas dos fundos cubanos provenientes das comunicações telefónicas, congelados nos Estados Unidos.