Várias figuras do Estado português e da cultura consideraram Mário Cesariny de Vasconcelos como um dos grandes poetas portugueses do século XX, lamentando a sua morte, este domingo, aos 83 anos.
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O Presidente da República, Cavaco Silva, apontou Mário Cesariny como «um dos nomes cimeiros da cultura portuguesa no século XX» numa mensagem de condolências enviada à família de Cesariny, que o chefe de Estado homenageou como um poeta e pintor «extraordinário».
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lira, considerou-o «um artista marcante» e uma das grandes figuras da arte e da literatura portuguesas do século XX.
O poeta e deputado socialista Manuel Alegre qualificou Mário Cesariny «um homem livre», «um dos maiores portugueses de sempre» e «uma voz única que ficará para sempre na História».
O editor de Cesariny, Manuel Rosa, realçou que o poeta «ocupa um lugar central na poesia portuguesa do século XX», destacando ainda o seu papel como «maior representante do Surrealismo em Portugal» e nas artes plásticas.
O jornalista Baptista Bastos considerou Mário Cesariny de Vasconcelos «um dos maiores poetas portugueses de sempre» e «um homem de língua afiada e uma cultura que raiava a erudição».
Arnaldo Saraiva, professor de literatura, lembrou Cesariny como «um homem que não receava enfrentar os códigos» e «um espírito livre, que sofreu da mesquinhez que abunda na sociedade portuguesa, com a intolerância política e a rigidez moral».
O ensaísta Eduardo Prado Coelho considerou que Mário Cesariny «foi um grande nome da literatura portuguesa», embora «já há muito tempo tivesse deixado de escrever», afirmando que a sua morte foi uma perda para a literatura.
Mário Cesariny de Vasconcelos morreu hoje de madrugada em sua casa, em Lisboa, aos 83 anos.
O corpo de Cesariny estará em câmara ardente a partir das 18:00 de hoje no Palácio Galveias, em Lisboa, de onde partirá, às 14:00 de segunda-feira, para o cemitério dos Prazeres.