O presidente do Instituto Português do Sangue considera que a descoberta das «fotocópias» de sangue «é uma notícia promissora», mas que ainda precisa de ser testada. Esta descoberta pode acabar com a falta de sangue nos hospitais.
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O presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), Almeida Gonçalves, comentou a descoberta anunciada por cientistas norte-americanos, sobre «fotocópias» de sangue.
Almeida Gonçalves entende que esta «é uma notícia promissora em termos daquilo que são as terapêuticas do sangue. Temos que ter alguma reserva atendendo a que este sangue obtido nesta primeira fase terá que ser naturalmente ensaiado clinicamente e isso representa dizer que é preciso valorizar e perceber o sangue que se está a produzir e qual a reacção do corpo humano a este sangue que se está a produzir em laboratório».
O presidente do IPS diz ainda que, como todas as descobertas, numa primeira fase vai implicar custos bastante elevados, porque «estas produções específicas em laboratório são, numa primeira fase, que algumas vezes se arrasta durante alguns anos, extremamente caras, porque são processos exigentes, complexos e que levam a que a produção existente se transforme em medicamentos que são muitas vezes muito caros e que não podem ser aplicados de uma forma sistemática», explicou.
Assim, os ensaios clínicos e os custos avultados apresentam-se como as primeiras dificuldades à descoberta de cientistas da Universidade do Wisconsin, que conseguiram produzir em laboratório células indiferenciadas embrionárias de seres humanos, para poderem criar células sanguíneas.