Novas pesquisas mostram que os riscos para a saúde - e designadamente, para o coração -, do «fumo passivo», são duas vezes maiores do que se pensava.
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A conclusão foi tirada por médicos britânicos depois de terem sido analisados cinco mil homens, não fumadores mas que convivem com fumadores, de todo o Reino Unido com idades acima dos 20 anos.
Feitas as investigações os médicos britânicos concluíram que o risco de ter um ataque cardíaco aumenta para mais de metade chegando mesmo a atingir nalguns casos os 60 por cento.
Grande parte destes cinco mil homens, que estão no escalão etário entre os 40 e os 60 anos, foram submetidos a testes durante 20 anos e nesse tempo os médicos detectaram no sangue um aumento significativo de concentração de uma substância causada pelo fumo.
Segundo os investigadores essa substância está directamente relacionada com o aumento do risco de um fumador passivo poder contrair doenças do coração.
Os médicos britânicos alertam que antes destas novas conclusões tinham sido subestimados os perigos provocados pelo tabaco sobre quem não fuma.
O estudo realizou-se ao longo das últimas duas décadas e vem dar razão aos que defendem o endurecimento das leis para proteger os não fumadores.
Os valores agora detectados são tão preocupantes que a Associação Médica Britânica e a Fundação Britânica de Cardiologia exigiram que Londres crie uma nova legislação que elimine o fumo nos locais de trabalho, em cafés e em restaurantes.