Os trabalhadores vítimas da globalização vão passar a ter direito a um fundo comunitário já a partir de Janeiro. A medida, proposta por Durão Barroso, vai contar, numa primeira fase, com 500 milhões de euros para os 25 países da União Europeia.
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A Comissão Europeia aprovou a criação de um fundo para apoiar os trabalhadores que se sentirem lesados pela globalização, na sequência de uma proposta do presidente do executivo comunitário, Durão Barroso.
O fundo, que vai entrar em vigor no início de 2007, não se trata de um subsídio de desemprego europeu, mas de verbas destinadas a acções concretas que ajudem os desempregados a encontrar trabalho.
O eurodeputado Silva Peneda explicou, em declarações à TSF, que esta medida pretende «apoiar os trabalhadores que são vítimas de encerramento de unidades industriais», devido á deslocalização de empresas, provocada pela globalização.
O fundo «pode ser aplicado a uma empresa individual ou uma região», caso a zona concentre uma actividade económica, acrescentou Silva Peneda. Cada Estado-membro avalia as candidaturas que depois seguem para a Comissão Europeia, que toma a decisão final.
Numa primeira fase, este fundo vai contar com 500 milhões de euros para distribuir entre os 25 Estados-membros.
«O dinheiro é pouco, mas é o primeiro ano», disse o eurodeputado. «Estou convencido que se abre aqui uma nova janela em termos de politica social que vai ser mais desenvolvida no futuro», acrescentou.