O Gabinete Coordenador de Segurança garante que tudo correu na perfeição e nega ter havido desarticulação entre as autoridades ontem nas declarações sobre o assalto a uma ourivesaria e museu do ouro em Viana do Castelo.
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Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, foi feita uma retrospectiva dos acontecimentos. As forças de segurança dizem que a colaboração foi exemplar e não houve contradição entre as autoridades policiais.
Todas as informações contraditórias que circularam na quarta-feira têm duas origens: ou foram feitas por fonte anónima ou no momento em que foram avançadas correspondiam à verdade.
Paulo Gomes, secretário-geral adjunto do Gabinete Coordenador de Segurança, fez o filme dos acontecimentos.
O responsável disse que na versão oficial dos factos não houve desarticulação, mas intervenção das polícias em três momentos diferentes.
Primeiro a PSP quando reagiu ao assalto, segundo GNR quanto à notícia de um suspeito ferido no Hospital da Trofa, terceiro a PJ quando toma conta do caso.
De resto a cooperação foi eficaz: «É fundamental aqui sublinhar o papel destas três autoridades policiais, a importante colaboração que existiu entre as três e sublinhar a cooperação eficaz».
Quanto à informação do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, dada ontem ao final da tarde no Parlamento, de que já havia detidos e arguidos em relação ao assalto de Viana do Castelo era apenas informação datada.
No momento em que anunciou as detenções e o processo em vias de resolução o ministro não faltou à verdade, porque na altura estavam duas pessoas detidas, mas depois acabaram por ser colocadas em liberdade.
«Nesta altura como referi na fita do tempo, a PJ tinha de facto dois indivíduos constituídos arguidos, estava a interrogá-los e a desenvolver diligências de investigação criminal, o terceiro indivíduo estava em estado grave com uma bala alojada na cabeça e entretanto houve necessidade de o transportar para o Hospital de São João, onde ainda se encontra em fase terminal», explicou.
No que se refere ao assalto propriamente dito, pouco foi avançado sob o argumento do segredo de justiça. As autoridades informam apenas que ninguém está detido.
Os indivíduos que foram constituídos arguidos ontem podem não ter nada a ver com o assalto em si e ter apenas transportado o ferido grave para o hospital.
Sobre a existência de um morto vítima do tiroteio com a polícia não se confirma. Há uma vítima mortal, mas de uma rixa na região.