O atleta etíope Haile Gebrselassie venceu este domingo a 18ª edição da Meia-Maratona de Lisboa, com o tempo de 59.13 minutos, mas falhou o objectivo de estabelecer a melhor marca mundial da distância, que continua a pertencer ao queniano Samuel Kamau Wanjiru (58.33 minutos).
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Tendo como referência a marca mundial do queniano Samuel Kamau Wanjiru (58.33 minutos), Gebrselassie correu a última metade da prova lisboeta de forma solitária.
À passagem dos cinco quilómetros (14:00 minutos) destacaram-se os quenianos Charles Kamathi e Robert Cheuiyot, de um grupo inicial que puxou por Gebrselassie até meio da prova, altura em que o etíope começou a correr sozinho.
Sem «lebres» e com tempos de passagem superiores aos «exigidos» para o recorde do Mundo, com 27:59 minutos aos 10 quilómetros, e 42:03 aos 15, Gebrselassie viu-se obrigado a «lutar» sozinho pela marca, que, caso fosse batida, valeria 50.000 euros.
«Eu tentei puxar, tentei correr por um tempo, mas não funcionou. Está um pouco de calor, eu estou bem, tentei, mas não deu"» disse Haile Gebrselassie.
«Eu estive bem, mas, não sei porquê, o tempo não foi assim tão rápido», acrescentou.
Com o vencedor praticamente encontrado, o «duelo» queniano para o pódio, foi protagonizado por Kamathi, que após a «fuga» de Gebrselassie se destacou no segundo lugar, e Cheruiyot, que ultrapassou o seu compatriota, perdendo, novamente, a posição, perto da meta.
Ambos cortaram a meta mais de um minuto depois do etíope, com Kamathi a conseguir o segundo posto, seguidos pelo também queniano Semy Karanja
(01:01:52).
Na quinta posição terminou o melhor português Eduardo Henriques (01:02.08 horas), que afirmou, no final, ter ficado «satisfeito» com a sua prestação.
«Será a minha última meia-maratona», frisou Eduardo Henriques, acrescentando que a corrida registou um início «muito rápido, como se fosse uma prova de 10.000 metros», tendo imposto, «a partir dos cinco quilómetros, um ritmo mais forte para conseguir uma boa marca».
Entre as atletas femininas, a grande vencedora foi a queniana Salina Kosgei, sendo Inês Monteiro a melhor portuguesa, ao terminar a prova em quinto lugar.
O primeiro-ministro, José Sócrates, que também não deixou de marcar presença na corrida, disse que estava com «muita força», mas não conseguiu bater o seu recorde pessoal, de «48 minutos».