Os glaciares alpinos poderão derreter-se quase totalmente até 2080 devido ao aquecimento climático, indica um novo estudo hoje divulgado em Kaprun, nos Alpes austríacos.
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A conclusão resulta de uma modelo criada a partir do recuo do glaciar de Pasterze, que se estende pela cadeia alpina do Hohe Tauern, ao longo da encosta nordeste do Grossglockner, o pico mais alto da Áustria, e que dá origem ao rio Moell.
O recuo do Pasterze é vigiado por satélite e é utilizado em numerosos modelos para calcular as perdas dos glaciares de montanha em todo o mundo.
O programa de vigilância por satélite é dirigido pela NASA, a agência espacial norte-americana, sendo a modelização realizada pela Universidade de Utreque (Holanda).
Segundo um relatório recente do movimento ecologista
Greenpeace, os Alpes europeus perderam metade do seu volume desde 1850 e 95 por cento dos glaciares alpinos poderão desaparecer nos próximos 100 anos.
Essa massa glaciar derretida terá efeitos devastadores em numerosas bacias hidrográficas europeias, nomeadamente através de baixas significativas de caudal durante o Verão, referia o relatório do Greenpeace.
O estudo agora divulgado é da responsabilidade do professor
Heinz Slupetzky, especialista em glaciares da Universidade de
Salzburgo.